quarta-feira, 20 de maio de 2009

Internet na tomada. Mais que uma tecnologia, uma ferramenta de inclusão.

Debate de longa data e matéria da revista Época dessa semana (data de capa de 18/05/2009), a internet via rede elétrica parece estar saindo do papel.
Regulamentada pela Anatel em abril deste ano, a tecnologia está em fase de testes em 150 domicílios de São Paulo e sem previsão para começar a ser comercializada. A conexão à web via rede elétrica será mais do que uma alternativa, será a porta de entrada à rede para regiões não atendidas por outras tecnologias, como cabo. Seja por indisponibilidade ou pelos altos custos praticados.
Não precisamos ir muito longe para ilustrar esse cenário. No interior do estado mais rico do país, os preços praticados são bastante superiores aqueles cobrados na cidade de São Paulo, além de serem disponibilizados serviços inferiores. Projetemos esse cenário à nação e veremos o grande passo que será dado com essa nova tecnologia.
A matéria da Época aponta que o conceito de se transmitir dados via rede elétrica é bastante antigo. Os japoneses deram os primeiros passos na década de 1930, mas, por limitação de tecnologia, o projeto não foi adiante.
Atualmente, de acordo com a matéria, a tecnologia é bastante difundida na França, Espanha, Estados Unidos, China e Índia. Em 2008, foram vendidos mais de 5 milhões de adaptadores para esse tipo de conexão no mundo, conclui Época.
Esse avanço não é um salto tecnológico ao país, mas sim um grande ponto positivo à sociedade brasileira, que vê na alternativa uma maneira de ter acesso à web. E isso quer dizer muito: acesso à informação de qualidade, entretenimento, comunicação ilimitada, relacionamento etc. Essa alternativa interfere na formação das pessoas, muda o modo como enxergam o mundo. E isso é uma transformação profunda.
Como disse Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência e professor da Fundação Cásper Líbero, em seu texto “O fim do começo” para site IDG NOW, a parte fácil da inclusão digital está concluída. Agora, poder público e privado devem agir para prover acesso à camada da população que não será naturalmente absorvida pelo mercado. E essa nova alternativa de conexão vai ao encontro dessa necessidade.

3 comentários:

Fer Martins disse...

"essa nova alternativa de conexão vai ao encontro dessa necessidade."

Resta saber se isso interessa para o poder público e para o privado. Normalmente, é onde começam os problemas.

Rodrigo Almeida disse...

Deixa eu sonhar com a popularização da rede além dos grandes centros, pô!

m.alelima disse...

Doutor Rodrigo,

Na Rede de telefonia tambem circula energia eletrica, porem numa voltagem bem menor, é só dar um encostinho dos nos dois fios... OPA!

Realmente essa é uma resposta as proposicoes do Marcelo Coutinho no artigo dele.

E por ultimo: não quero tomar choque se a tecla quebrar, só isso. rs