sábado, 30 de maio de 2009

20 motivos para ter orgulho da Internet no Brasil

Vira e mexe falamos mal da internet no Brasil. “Ah, nossa banda larga é ruim e cara” ou “o Brasil é um dos líderes em envio de Spam” etc.

Mas há muitos motivos para termos orgulho do www.com.br. Eu listei 20. Divirtam-se.

  1. Somos mais de 67 milhões de pessoas conectadas e esse número não pára de crescer; Com isso, somos a sétima maior comunidade de pessoas conectadas no mundo de acordo com ITU (International Telecommunication Union) ;
  2. Temos muito conteúdo: UOL, Globo.com...FolhaOnline, G1...
  3. Temos um dos maiores grupos de e-commerce do mundo, a B2W, detentora de Americanas.com, Submarino, Shoptime, Blockbuster etc;
  4. Somos atrevidos e metidos a high-tech: primeiro foi o Orkut...
  5. ...agora é a vez dos brasileiros descobrirem o Twitter;
  6. Temos o Gizmodo Brasil;
  7. Enquanto diretor de conteúdo do Grupo Estado afirma ser necessário fechar o conteúdo na internet e passar a cobrar por ele, o diretor de redação do O Globo avisa: “Quero ver alguém convencer o meu filho a pagar por uma informação que ele foi acostumado a ter de graça”;
  8. Temos Marcelo Tas, os incontáveis seguidores do @marcelotas e seu premiado blog;
  9. A internet vai entrar pela tomada, rompendo limitações tecnológicas e barreiras geográficas. A Anatel já deu o “OK” e as concessionárias estão correndo;
  10. Temos o Campus Party Brasil;
  11. E o wikipedia.org.br;
  12. E temos inclusão digital. O Acessa SP, do Governo do Estado de São Paulo. Mais de 1.5 milhão de pessoas atendidas em 8 anos de existência e 458 municípios atendidos;
  13. Nossa internet é livre, não sofre interferência do poder público;
  14. Nem a Cicarelli derrubou o YouTube. Ela tentou tirar seus vídeos do site através da justiça, mas a internet é colaborativa, o usuário colocava de volta;
  15. Para a felicidade de portais, agências de publicidade e anunciantes, temos a empresa número 1 do mundo em web analytics, a Predicta, que, em maio desse ano trouxe para o Brasil o WAALTER (Web Analytics Association Leadership and Technical Excellence Recognition) com o case do Terra Mobile.
  16. Temos pólos tecnológicos. Não estamos falando especificamente da internet, mas a grande Recife (conhecida por seu Porto Digital) e Campinas possuem dois pólos de tecnologia que abrigam, entre outros, os setores de informática e telecomunicações. Essas iniciativas foram viáveis devido à junção de iniciativa privada, academia e poder público. As maiores empresas do setor estão presentes nesses pólos: Microsoft, Nokia, Sun, Oracle, AT&T, IBM e outras.
  17. Mobilidade: sim, a internet vai onde estivermos. A internet na “telinha” ainda é novidade e viável apenas à uma pequena parcela da população. Os principais veículos de comunicação já possuem suas versões “mobile”;
  18. Nascemos para nos comunicar: possuímos a maior comunidade de usuários do MSN Windows Live Messenger do Mundo. Já são mais de 43 milhões de pessoas que usam a ferramenta no Brasil;
  19. As artes nunca estiveram tão ricas e diversificadas. Mas é óbvio que a “Indústria Cultural” não consegue absorver essa diversidade e riqueza. A gravadora Trama cria o “Trama Virtual”, ferramenta que dá espaço a bandas e talentos que buscam crescer. De um lado, o usuário tem acesso ao conteúdo gratuitamente. Do outro, empresas patrocinam os downloads, favorecendo, assim, os artistas;
  20. Temos orgulho de passar horas na frente do computador, seja para conversar, jogar, comprar, pesquisar, estudar, compartilhar etc. E para celebrar esse orgulho, foi criado o Geek/Nerd Day (Sim, eu precisava de um último tópico para completar a lista). 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Internet na tomada. Mais que uma tecnologia, uma ferramenta de inclusão.

Debate de longa data e matéria da revista Época dessa semana (data de capa de 18/05/2009), a internet via rede elétrica parece estar saindo do papel.
Regulamentada pela Anatel em abril deste ano, a tecnologia está em fase de testes em 150 domicílios de São Paulo e sem previsão para começar a ser comercializada. A conexão à web via rede elétrica será mais do que uma alternativa, será a porta de entrada à rede para regiões não atendidas por outras tecnologias, como cabo. Seja por indisponibilidade ou pelos altos custos praticados.
Não precisamos ir muito longe para ilustrar esse cenário. No interior do estado mais rico do país, os preços praticados são bastante superiores aqueles cobrados na cidade de São Paulo, além de serem disponibilizados serviços inferiores. Projetemos esse cenário à nação e veremos o grande passo que será dado com essa nova tecnologia.
A matéria da Época aponta que o conceito de se transmitir dados via rede elétrica é bastante antigo. Os japoneses deram os primeiros passos na década de 1930, mas, por limitação de tecnologia, o projeto não foi adiante.
Atualmente, de acordo com a matéria, a tecnologia é bastante difundida na França, Espanha, Estados Unidos, China e Índia. Em 2008, foram vendidos mais de 5 milhões de adaptadores para esse tipo de conexão no mundo, conclui Época.
Esse avanço não é um salto tecnológico ao país, mas sim um grande ponto positivo à sociedade brasileira, que vê na alternativa uma maneira de ter acesso à web. E isso quer dizer muito: acesso à informação de qualidade, entretenimento, comunicação ilimitada, relacionamento etc. Essa alternativa interfere na formação das pessoas, muda o modo como enxergam o mundo. E isso é uma transformação profunda.
Como disse Marcelo Coutinho, diretor-executivo do IBOPE Inteligência e professor da Fundação Cásper Líbero, em seu texto “O fim do começo” para site IDG NOW, a parte fácil da inclusão digital está concluída. Agora, poder público e privado devem agir para prover acesso à camada da população que não será naturalmente absorvida pelo mercado. E essa nova alternativa de conexão vai ao encontro dessa necessidade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Mind the Gap

Esse blog tem por princípio expressar dados do mercado digital no Brasil, assim como notícias e novidades da comunicação no país.

Hoje, abro uma exceção e quero apenas expressar um sentimento de decepção, talvez um estado de espírito.

Ele resume-se na Primeira Lei de Newton, ou Princípio da Inércia:

"Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças a ele impressas."

De um lado, o discurso. Do outro, a entrega.