quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Bola na Internet e alguns exemplos de ética!

O termo "bola" é utilizado no meio publicitário com o mesmo sentido de "propina" de um meliante a um policial corrupto. Um tem a fome. O outro, a vontade de comer. Mas no primeiro caso, o da publicidade, os envolvidos são, geralmente, um "profissional" de veículo e outro de agência.

Essa prática foi "herdada" da antiga mídia à mídia atual, interativa, fragmentada. Esse último termo é que é o problema. Ser fragmentada e envolver uma pequena parte dos investimentos do mix de comunicação de um anunciante é uma das condições que favorecem a falta de ética na publicidade on-line, pois fica dificil de se identificar as irregularidades. Porém, ao meu ver, o fato de qualquer pessoa poder criar um site ou empresa prestadora de serviços de internet sem qualquer fiscalização contínua por parte dos institutos regulamentadores é a principal condição que favorece a promiscuidade na publicidade digital.

A idéia de escrever sobre esse assunto surgiu hoje, quando recebi um fornecedor na agência de publicidade em que trabalho e resolvi discutir a dificuldade de se encontrar um fornecedor confiável e transparente, que fale de modelo de remuneração sem qualquer enrolação. Tudo claro, como deve ser.

Do mesmo modo que há as más corporações, há as claras e transparentes. Um exemplo sempre recorrente de ética na internet brasileira é a Predicta. Essa empresa, além de possuir os requisitos básicos, possui profissionais motivados e empenhados na criação de conhecimento acerca da internet e do internauta brasileiro.

E, do mesmo modo que há os maus profissionais, há aqueles que têm seus atos pautados, acima de tudo, pela ética e comprometimento. Algo que me motiva muito é ver jovens profissionais (como eu) que estão ganhando seu espaço no mercado de publicidade digital e que surgiram do mesmo lugar que eu, da Cásper Líbero: Ainah Corrêa e Pedro Scormin da Media Contacts, Kauê Lara Cury da Lew Lara, Alessandro Lima da Y & R, Thiago Sabino da Folha Online e outros. Profissionais que tiveram, em algum momento, a influência de pessoas como Paulo Roberto Ache, Patricia Souza e José Eugênio de Menezes na excepcional escola que é a Cásper Líbero.

Esses três espelhos que cito influenciaram e continuam influenciando minha trajetória profissional por serem pessoas comprometidas com aquilo a que se propõem, gerarem conhecimento incansavelmente e terem seus atos baseados na ética e na transparência. Cito isso pois essas caracerísticas, se reunidas, trarão mais qualificação à internet como mídia e aos profissionais que a ela se dedicam.

sábado, 29 de setembro de 2007

C4 Pallas em dois capítulos, no mesmo "bat canal"

Situações que podem ser evitadas quando os departamentos e os funcionários de uma empresa se conversam e interagem.


Acima, em uma mesma página do Estadao.com, um banner do lançamento Citröen C4 Pallas ao lado de uma matéria divulgando o ator de 24 horas, Kiefer Sutherland, pego embriagado em Hollywood.

Seria apenas mais uma matéria de ator de Hollywood se ele não fosse o garoto propaganda da Citröen.

Tudo Comunica!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

A Internet pode não ser banda larga, mas o consumidor virou “Banda Larga”

Escutei essa frase em uma apresentação do Ibope e MSN, na terça-feira, 18/09.

Enquanto nossos pais consomem, basicamente, TV em casa, rádio no carro (se bem que agora são distribuídos jornais gratuitos nos semáforos da cidade) as novas gerações consomem Internet, TV, DVD, Games, ferramentas de mensagens instantâneas, música on-line, e-mail, celulares, torpedos SMS e MMS – ufa – tudo ao mesmo tempo.

Resumindo esse mix de meios e termos “hi-tech”, está (e será) cada vez mais difícil falar com o consumidor moderno.

Obs 1: Por que não citei Second Life?

Obs 2: Não, os mídias não perderão seus empregos. Apenas terão de se reciclar constantemente. Ou seja, nenhuma novidade.

Obs 3: A palavra não é controle da audiência. GRP e TRP não são os termos mais adequados. O conceito deve partir de liberdade e ambiente colaborativo.

Obs 4:
Case Fiat no portal Claro Idéias

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Fofocas da Internet

Prestando meu serviço de "jornalista Caras":

"Elton John pede o fim da Internet":
Seu último CD vendeu apenas 100 mil cópias. Segundo ele, devido aos downloads na rede. Além disso, a rede acaba com as relações interpessoais.
Aqui.

Já a Xuxa está sofrendo para tirar do YouTube o famoso filme com um garoto de 12 anos, o "Amor Estranho Amor".

E o advogado do YouTube, Luiz Edgard Montaury, diz que a empresa está trabalhando para cumprir uma decisão judicial "incumprível".
Aqui.

Internauta amigo, não precisa se dar ao luxo de comentar esse tipo de post.

Até logo.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Deserto de Marcas

Qualquer um que tenha um computador e acesso à web pode entrar? Na teoria sim. Porém, na prática se você não tiver (1) Banda Larga, (2) Boa RAM e (3) Boa placa de vídeo, não faz nada lá dentro.
Às vezes vejo as pessoas falarem “Second Life não é bacana pra essa campanha?”. Aí penso nesse bando de “filtros” e falo: acho que não é o que precisamos nesse momento.
Nos últimos meses vi algumas matérias se referindo ao SL como um “deserto de marcas”, Forbes, 26/06/07. Sem contar o formato para estar presente nesse ambiente: sempre um show, um evento, os quais, muitas vezes, não contam com mais de 200 pessoas presentes.
Acabei de ver no IDG Now que uma certificadora de Linux fará um de seus cursos no ambiente virtual, no SL.
Saiba mais aqui.

Até que ponto isso é relevante é que é difícil de se concluir. Nem buzz isso gera mais!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Yahoo!: search engine ou portal de conteúdo?

Nenhum dos dois!

O Yahoo! tem um sério problema de posicionamento, pois não se define nem como ferramenta de busca e nem como portal de conteúdo.

Por esse motivo, Jerry Yang (que é co-fundador do gigante da internet) assume o cargo de CEO do (?), da empresa no lugar de Terry Semel, tentando dar um posicionamento ao Yahoo!

Nos mercados locais, como Brasil, ele perde em audiência e awareness para os grandes portais, como UOL e Terra, e no mundo todo ele perde ao Google.


Pensando nisso, MSN, que vive praticamente sozinho no segmento de comunicadores instantâneos, resolve mudar o posicionamento de seu portal também, investindo em conteúdo mais relevante e atualizado, inclusive fazendo campanha publicitária informando essa mudança.

É isso.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

e-Commerce versão 2.0

Os nomes são tantos que não cabem nos dedos das mãos: Submarino, Americanas.com, ShopTime, Ponto Frio.com, Extra.com, Mercado Livre, Compra Fácil, Flores On-line, WebMotors, Magazine Luiza, Saraiva.com, Dell, Sachs, FastShop, Gol, Fnac....e por aí vai....Buscapé, Bondfaro...

Agora foi lançada a segunda geração do comércio eletrônico, e nela figurarão nada menos que Carrefour + CVC, Americanas.com + Submarino e, bem provavelmente, Casas Bahia por ela mesma, além de outros figurantes, como Crocodilo.com, o braço online do forte EletroDireto, e outros.

O varejo de Samuel Klein espera somar a quantia de 4 MM de cartões de crédito para se lançar à rede, enquanto adquire know-how de logística e distribuição.

E tudo isso não é para menos: em 2007, projeta-se que o comércio na rede crescerá 45%, passando de R$ 4,4 Bi para R$ 6,4 Bi.

E não é só na quantidade que o e-commerce tem chamado a atenção, as vendas hoje são das mais diversas, passando fortemente pelo turismo (GOL, TAM, CVC, Submarino Viagens, o famoso TIME OUT desembarcará no país com a força do Grupo Estado), setor automobilístico (WebMotors e todas as montadoras fortemente presentes na rede) e o setor imobiliário (Tecnisa, Cyrela etc). Todos têm lugar na rede.

Com a possível entrada de Casas Bahia, o mercado cresce, pois levará muitos dos 24 MM de internautas brasileiros que não compram online (total de 34 MM em junho, segundo o IBOPE, dos quais apenas 10 MM já realizaram compras na rede) a experimentarem a comodidade do mouse com seu enorme, inigualável, Share of Mind.

Isso sem falar nas recentes ferramentas lançadas, na Google Content Network, que apresenta boa oportunidade aos varejistas, nos shoppings abaixo dos grandes portais e que foram reestruturados recentemente para dar mais praticidade e agilidade ao internauta.

MAS....Considerando isso tudo, eu realmente fico feliz quando me deparo com uma camiseteria.com, que interage com o usuário e põe à venda o fruto da criatividade do mesmo. Desse modo, a empresa diferencia-se, criando seu próprio Oceano Azul, deixando Americanas.com, Submarino, Casas Bahia e seus 4 MM de cartões de crédito, Crocodilo.com...brigando num mesmo oceano, que, de tão violento, acaba ficando vermelho.

Pena que não se vê criatividade com tanta freqüência com a qual compram-se calhau!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Satisfações ao meu fiel leitor!

Devo satisfações ao meu seleto leitor. Você, amigo internauta, é minha razão de escrever e refletir sobre n coisas.

Porém, o Web-a-Holic aqui está um pouco atarefado demais esses dias e está achando uma pena não poder refletir acerca das novas notícias que tem acompanhado na imprensa especializada. Mas deixo a deixa para você, meu caro leitor:

Rumores de que as Casas Bahia estariam planejando um tardio ingresso no e-commerce

YouTube.com.br O Web-A-Holic sai na frente e mostra pra você. Clique aqui!

E o Mahalo. Não sabe o que é? Eles pagam 15 verdinhas americanas para quem fizer busca por eles!! Clica lá!

Tá sabendo que o Google tem uma rede de parceiros, a chamada Google Content NetWork? Então pesquisa ae!! No Big G, claro!

É isso.

Em breve eu volto com reflexões, não com serviço de utilidade pública!

Não deixe de visitar sites como Advertising Age, IDG Now, Wired.... é sempre bom!

Internauta amigo, não me abandone!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

E o internauta, alguém já perguntou a opinião dele?


Por isso que a publicidade é, na maioria dos casos, vista com maus olhos.
Veja o espaço destinado à publicidade e aquele destinado ao editorial, caro leitor!
É uma pena que esse site, da Veja São Paulo, não seja exceção.
O internauta se cansa >> site não ganha audiência como gostaria >> pressão por metas comerciais >> espaços ficam mais caros >> são criados novos espaços >> internauta se cansa mais...buummm

segunda-feira, 28 de maio de 2007

"Clique aqui se você não gosta do Flamengo"

Foi desse modo que eu cliquei em um anúncio do Mercado Livre.

Não imaginava que pudesse ser um anúncio de e-commerce. Fiquei curioso e, fanático por futebol que sou, resolvi clicar no text link!













Para minha surpresa e felicidade se tratava de um anúncio de e-commerce.

Como assim, "felicidade" em clicar em anúncio do Mercado Livre, Rodrigo?
Pois estamos acostumados a falar que o varejo é convencional demais, sem criatividade.

Certamente se o anúncio fosse "Camisa do Flamengo a partir de R$ 79,90 em 6 vezes sem juros" eu e uma infinidade de internautas jamais clicaríamos nesse text link.

Outra coisa: o text link! Que raios de formato é um text link? É aquela frase na caixa de diálogo do MSN Messenger (ou como preferem os caras da Microsoft, "Windows Live Messenger")
O formato é extremamente limitante, não permite nada além de 65 caracteres!

E na correria e alto volume de anúncios que as empresas de e-commerce utilizam, os profissionais do Mercado Livre conseguiram utilizar essa mídia muito bem e, certamente, terão rentabilidade além da que teriam se utilizassem um anúncio "padrão"!

Dizem que o varejo é quadrado, chato, mas às vezes nos deparamos com algumas coisas ousadas!

Para começar a semana, é isso!

terça-feira, 22 de maio de 2007

ChaCha: criando seu próprio oceano azul!

ChaCha?!?!
É. ChaCha! Mas o que é isso? O tema da "Dança dos Famosos" do próximo domingo? Não! É a humanização dos sistemas de busca! É. É isso mesmo!

Se nos atentarmos ao conceito de Web 3.0, veremos que a tentativa do ChaCha é bastante interessante e vai ao encontro desse conceito. Humanizar as buscas, organizar a web. Não mais mostrar milhões de resultados, mas sim mostrar poucos resultados extremamente relevantes.


Fiz alguns testes de bastante sucesso.

Primeiro precisei me certificar de que não se tratava de um "BOT" (abreviação para Robot). Fiz perguntas com certa profundidade e obtive respostas para todas elas.

Fiz perguntas sobre o método de trabalho da ChaCha e fui informado por uma suposta atendente de Massachusetts que os atendentes trabalham de casa mesmo. Perguntei sobre a história da empresa e ela me mostrou um link de apresentação. Muito bom.

Fiz perguntas que, se feitas no Google, no mínimo ele me devolveria me chamando de burro com a seguinte frase: "Você quis dizer...?" Agora que estou escrevendo esse post acabo de perguntar a um atendente sobre "Online Markting Course In London". Sim, o "Markting" foi proposital e ,mesmo assim, o atendente entendeu e efetuou a busca sem questionar nada. Retornou com 3 links para 3 universidades na cidade de Londres que ministram aulas de marketing digital. Mais nada. Apenas 3. Cerca de um minuto depois.

Achei fantástico!

O produto deles não é busca, mas sim uma experiência. Competir com o Google? Pra quê? Deixa isso pro Yahoo!. O negócio é inovar. E é muito bom ver empresas surgindo do zero, criando seus próprios nichos.

E o modelo de negócios? Links patrocinados, para variar. Mas os caras estão de olhos bem abertos e com filtro por IP. Fiz uma busca e vi links patrocinados locais. Isso significa que tem alguma empresa grande por trás dessa ferramenta.

Mas essa minha teoria de que são atendentes que estão do outro lado é negada pelo IDG NOW, que cita "Inteligência Artificial" ao falar do ChaCha.

Enfim, vale a pena conferir essa ferramenta que, antes de qualquer outra coisa, tem altíssimo potencial viralizador.

Quem sabe o Big G não vai à feira em breve?
...Mas isso é assunto para outro post.

Try it, mas os atendentes (ou não) só falam inglês.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

E o YouTube que se cuide...

Depois das últimas notícias sobre o Joost, é a vez da Sony lançar seu site de compartilhamento de vídeos.


Para quem acha que o YouTube pode ficar tranquilo por ser o pioneiro e o mais popular, aí estão duas ferramentas que devem estar tirando o sono dos executivos do Big G, o Google, detentor do YouTube.

Vamos aos fatos:

A ferramenta, desenvolvida pelos mesmos criadores do famoso e pioneiro Skype, já começa com acordo com a Viacom, detentora das marcas MTV, BET e Paramount Pictures.
Por enquanto em fase Beta, os usuários já podem se cadastrar, assistir e compartilhar vídeos.
Além da parceria, outro diferencial é que o usuário terá mais interatividade além de assitir e compartilhar vídeos:poderá interagir ao vivo com outros usuários através de mensagens instantâneas e salas de bate-papo. Desse modo, debaterem sobre determinado episódio ou filme. Realmente algo que vai além do espaço para comentários do YouTube.
Outro ponto do Joost é que o usuário será ponto chave para a reprodução dos vídeos. Ao invés de serem reproduzidos por streaming a partir de um único servidor, como acontece com o YouTube, o Joost funciona em rede P2P, com os internautas formando a rede. Algo similar ao eMule, por exemplo.
Para saber mais sobre o Joost, basta clicar aqui .


eyeVio , a ferramenta da Sony:

Por enquanto, em testes apenas para usuários japoneses.
A Sony, que já atua na produção de conteúdo através de seu canal de Pay TV, promete fazer parcerias comerciais com produtoras de conteúdo e, desse modo, evitar os tão comuns problemas com direitos autorais sofridos pelo YouTube.

E o site já esbanja publicidade, como você pode ver abaixo:

Para saber mais sobre o lançamento,
clique aqui .


As vantagens do YouTube sobre os novatos:
  1. Poder do pioneiro
  2. Popularidade
  3. Praticidade - nenhuma outra empresa criou um serviço que o supere nesse ponto.

Uma coisa é certa: a era digital chegou pra ficar!
As empresas que não acordarem (ou melhor, que AINDA não acordaram) para esse fato, poderão ter problemas de comunicação com seus consumidores.

Do mesmo modo, as agências que não fizerem os investimentos necessários para auxiliar seus clientes, poderão ter umas contas perdidas, pois as empresas estão sedentas pelas novas tecnologias. Basta que a agência exponha a importância das mídias digitais no mix de comunicação de seus clientes.
É isso.

domingo, 15 de abril de 2007

Filmes on Demand: BMW, Mini e Pirelli

É sempre bom lembrar de bons trabalhos.

1. BMW Films, especificamente, aquele famoso estrelado por Madonna, que faz o papel de Madonna, Clive Owen, seu motorista em um curta dirigido por Guy Ritchie.
Madonna faz o papel de estrela arrogante e sem paciência. Surpreendida pelas manobras de seu motorista, o filme tem um final sensacional.


2. No começo desse ano, a Mini, que pertence à BMW, também fez uma série de filmes para seu carro-chefe, o Mini Cooper. A série, chamada Hammer & Coop, traz um "herói" bizarro, uns bandidos atrapalhados e uma bela loira. Uma mistura de 007 e Austin Powers.
Esse só dá pra ver no YouTube ou no site da própria Mini.

Vale a pena conferir.
http://www.youtube.com/v/78QVkmjZrVw

Sobre a Mini:
http://www.mini.com/

Mais sobre Hammer & Coop:
http://www.hammerandcoop.com/

Nesse site, há 6 episódios disponíveis.


3. Agora, navegando na internet, fui surpreendido por um banner divulgando Uma Thurman estrelando um filme da Pirelli a bordo de nada menos que uma Lamborghini.

O filme também está disponível no site abaixo, que possui uma arquitetura fantástica.
http://www.pirellifilm.com/

É isso: nada que uma boa banda larga e uma potente placa de vídeo não possam fazer. Funcionam como um filtro e garantem a qualificação do público impactado. Uma experiência formidável.

Agora à noite, em uma conversa de bar com meu grande amigo Dudu Telles, descobri que a Pirelli tem uma forte inclinação com o mundo artístico e que seus filmes não param por aí. Em seu portfolio também constam artistas como Naomi Campbell e John Malkovich, estrelando um verdadeiro exorcismo.




Viva o calendário Pirelli.

sábado, 14 de abril de 2007

Geração Y e o japonês viajante

Lendo a “Época Negócios” do mês de abril, encontrei duas matérias pertinentes ao debate nesse blog. Uma delas é sobre Joichi Ito, um dos mais respeitados e influentes inovadores do capitalismo digital. A outra, cujo título é “A geração que o marketing ainda não decifrou” fala sobre a “Geração Y”, aquela que nasceu após 1982.

Primeiro vamos falar de Joi Ito, como é conhecido o personagem de nossa primeira matéria, que falou, em entrevista à revista, das tendências do mundo digital, de como empresas e governos têm de se portar diante da presença cada vez maior das mídias digitais na vida das pessoas, de inovação, empreendedorismo e de sua vida como um dos mais respeitados gurus da Internet.




Joi Ito é como a foto acima, extraída de seus arquivos no Flickr. Uma árvore que vai para todas as direções. Dificilmente esse japonês de 40 anos passa duas noites em um mesmo lugar. Ele viaja o mundo tentando descobrir a próxima grande cartada da Internet. Desde o ano passado já passou por Los Angeles, São Francisco, São Paulo, Lisboa, Berlin, Xangai, Wellington e Tóquio, onde mora, e muitas outras cidades, difundindo e absorvendo conhecimento em palestras e encontros sobre comunicação e tecnologia.

Atualmente, ele têm 11 cargos. Entre eles, Ito é membro gestor da Mozilla (criadora do browser Firefox, principal concorrente do Internet Explorer, da Microsoft) e do Technorati (o mais completo índice de blogs da blogosfera), além de ser o principal acionista do Flickr.

Segundo ele, as principais tendências da Internet passam pela colaboração, ou seja, por aquelas ferramentas que permitem o compartilhamento de informações no sentido “todos para todos”. Como o próprio Ito fala, nos “gadgets Wiki”, de Wikipedia. Para ele, é preciso empurrar os limites do conhecimento e da colaboração entre as pessoas através da rede.

A inovação nos novos tempos não parte mais de especialistas em grandes corporações e universidades, mas sim de pequenas empresas e pessoas desconhecidas, amadores. Em determinado momento tivemos a criação de conhecimento de cima para baixo. Agora, o conhecimento é uma via de mão dupla e parte de baixo para cima também. E é a rede mundial de computadores a responsável pela mudança da interpretação da palavra “inovação”.

É aqui que entra nossa segunda matéria, a que analisa a “Geração Y”, nascida após 82, sucessora da “Geração X, que nasceu entre 1961/81”.
A matéria analisa o ritmo das inovações tecnológicas, muito mais acentuado nos tempos atuais. Segundo John Jullens, da consultoria Booz Hallen Hamilton, os produtos estão em constante inovação e as pesquisas tradicionais não dão conta de acompanhar as tendências. Isso faz com que aqueles profissionais responsáveis pelo desenvolvimento de produtos, como os designers, fiquem mais voltados ao comportamento de seus consumidores do que presos às pesquisas.

Além do desenvolvimento dos produtos, alerta o consultor, a comunicação deve se entrelaçar entre meios massivos e novas mídias. O jovem consumidor de hoje transita pela TV, rádio, internet, celular, videogame etc. Enquanto que a “Geração X” gasta seu tempo principalmente em frente à TV.

A “Geração Y”, ou Millennials, como também são conhecidos, está acostumada com a efemeridade dos produtos, ela não espera que eles durem para sempre. Notícias, música e entretenimentos diversos estão disponíveis online e muitas vezes de graça.
A “Geração Y” é sinônimo de compartilhamento de informações e colaboração “todos para todos”, como o Wikipedia, de satisfação dos desejos imediatos e customização, como propõe a Nike, com o Nike Id.

Google compra Double Click

E o Google dá mais um grande passo: anuncia que comprará a Double Click, a maior empresa de Ad-serving do mundo, por 3,1 bilhões de dólares. Com isso, penetra em mais um mercado de publicidade online: o dos anúncios de banners e vídeos em sites e portais.
O know-how da Double Click é largamente utilizado por veículos, anunciantes e agências de publicidade por todo o mundo, inclusive no Brasil.
Estavam na disputa Microsoft, proprietária do MSN, terceira maior empresa de buscas online no mundo, e o maior rival do Google, o Yahoo!
A aquisição deverá ser concluída até o final do ano, e deverá apresentar uma plataforma mais lucrativa a anunciantes. O que pode ser uma oportunidade ao e-commerce.

Toda vez que vejo o Google fazendo aquisições, como a compra do YouTube em novembro de 2006, lembro-me do famoso vídeo "Epic 2015". Abaixo, o vídeo em sua versão em português.




Abaixo, links do que vi na imprensa:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21958.shtml

http://idgnow.uol.com.br/mercado/2007/04/13/idgnoticia.2007-04-13.5440994817

http://adage.com/digital/article?article_id=116096


Sobre a Double Click:
http://www.doubleclick.com/us/

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Google TV e minha sobrinha

key Points:

  • TV Digital
  • Links Patrocinados
  • Convergência dos meios
Na semana passada, o Google firmou acordo com a rede de TV digital EchoStar para comercializar os formatos publicitários da rede para algo similar ao que é feito com os links patrocinados.
Atualmente, um anunciante que utiliza buscadores, como Google e Yahoo!, somente paga por aqueles anuncios que são clicados pelo internauta. E é esse modelo que o Google propõe à rede de TV digital: o anunciante paga pelo número de pessoas que viram o comercial.
Em que isso implica:
  1. Maior noção de ROI, retorno sobre investimentos feitos em publicidade.
  2. Noção mais exata do número de pessoas que foram impactadas.
  3. Feedback para criação: o sistema permite saber se o telespectador viu o comercial e mudou de canal no meio dele. Permite saber exatamente em que ponto do comercial ele efetuou essa ação.
  4. Porta para o e-commerce: com maiores possibilidades de mensurações, ROI e segmentação, a TV, através da TV digital, apresenta uma oportunidade ao comércio eletrônico.

No Brasil, as transmissões com sinal digital estão previstas para dezembro desse ano. Resta saber se a TV Digital será interativa.


Nesse final de semana, minha sobrinha de pouco mais de 2 anos veio fazer uma visita. Sabendo que ela gosta do Barney e da Turma da Mônica, trouxe-a até o computador, abri o YouTube e procurei por esses personagens. Quando apareceu o resultado da busca, ela, incansável, tocava no monitor como forma de escolher ao filme que queria assistir.

Certamente uma novidade para ela. Algo que nenhuma outra geração pôde fazer: escolher com tanta facilidade e interagir.

Frente a tantas incógnitas, o estudo e a pesquisa farão a diferença.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Inteligência Coletiva, ambiente colaborativo, diário pessoal e algumas coisas mais

Árvores do Conhecimento
Relação do saber individual e coletivo
Colaboração
Inteligência Coletiva
Não Totalidade
Multidireção

Essas são as características que nutrem a web. Ou seria o mundo perfeito da web?

Acho que esse é o mundo perfeito da web.

Enfim, no
mês de abril a blogosfera comemora 10 anos e mais de 100 milhões de blogs. Sem dúvidas que esse é um enorme trunfo e há muito que se comemorar.

Mas também há muitos outros pontos que podem ser melhorados: os blogs mais acessados do Brasil são, disparados, aqueles que difundem conteúdo pornográfico. O que é uma pena.

Em fevereiro, no Brasil, mais de 3 milhões de pessoas acessaram blogs. Mais do que a audiência de muito canal de televisão e de muita revista por aí. Mas o problema está em como impactar de modo relevante essas "minorias", que, juntas, formam essa "massa". Obviamente que o termo "massa", aqui, é bem diferente daquele "massa" de "comunicação de massa".

A Coca-Cola criou um modo interessante e relevante para estar presente junto aos "bloggers". Ela lançou o "
Coke Ring", concurso que reconheceu e premiou os melhores blogs do país. Do ponto de vista da publicidade, a Coca-Cola criou uma incrível estratégia, que resultou no concurso. Esse é apenas um modo de estar presente nessa enorme "massa".

Muitas empresas se utilizam dos blogs através de funcionários e executivos, que agem como verdadeiros RPs ou advogados de marcas.


Mas e do ponto de vista da sociedade, da geração de conhecimento etc? O que podemos dizer?

Que o brasileiro é criativo todo mundo já sabe. Mas que os processos de inteligência coletiva, FACILITADOS PELA INTERNET, fizeram com que o Brasil se tornasse um dos líderes na decodificação do código genético humano, o Projeto GENOMA, ninguém sabe. E mais, com um investimento em infra-estrutura bem inferior aos demais países participantes. Como? Enquanto países investiram na construção de centros de estudo, o Brasil interligou as principais universidades do país, de norte a sul, através da web. Esse é um ótimo exemplo de utilização da web como facilitadora dos processos de inteligência coletiva, onde um saber complementa o outro, onde o individual passa ao domínio coletivo, e, por fim, onde não há totalidades, verdades absolutas.

Um carro é um exemplo de junção de saberes de diferentes épocas. Em determinado momento surge o motor a combustão, em outro, um tal de Charles Goodyear vulcaniza a borracha e cria a empresa que leva seu nome. Quando menos se viu, nasceu o carro, uma mistura de conhecimentos, de saberes coletivos.

A Internet entra como facilitadora desses processos, como agente potencializador!

Mas como precisamos melhorar alguns pontos, é necessário que haja incentivo à navegação de qualidade, pois a internet tem, hoje, uma imensidão de conhecimentos a ser explorada. Há um esforço (tímido, mas há) dos governos em seus diferentes âmbitos em trazer o acesso à informação ao jovem.

Sempre digo e repito:sempre vejo pessoas dizerem "leia um bom livro", mas nunca presenciei a frase "visite um bom site".

Abaixo, Carlos Nepomuceno, do ICO, Instituto de Inteligência Coletiva, fala rapidamente sobre Internet, Web 2.0 e a incógnita do futuro.


É isso.


Agradeço ao Alessandro Lima pela ajuda que me deu pelo messenger, na madrugada de 02 para 03 de abril, a qual viabilizou esse post.

sábado, 10 de março de 2007

Convergência e Conteúdo

You Tube e a BBC fecham parceria para a transmissão das matérias da emissora pública britânica no site de vídeos mais popular do mundo.


As consequências desse acordo:

1. Mudança de comportamento do consumidor;
2. Um passo para a regularização da ferramenta You Tube;
3. Mudança de ponto de vista dos anunciantes acerca do YouTube diante de uma possível regularização e geração de conteúdo de qualidade.

Agora resta uma grande parceria desse tipo em terras tupiniquins. Os números são muito bons: mais de 6 MM de internautas visitaram sites de vídeos no mês de dezembro (IBOPE Net-Ratings).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21733.shtml



É isso. Vamos refletir e trabalhar.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Web 3.0?

Ouvir falar de Web 3.0 ao mesmo tempo em que a penetração da banda larga no país não passa de 15% do total de internautas, ou 5 MM de usuários, é utilizar um termo para vender jornais.

O termo foi empregado pela primeira vez por um jornalista norte-americano em artigo no New York Times, e tão logo foi fortemente criticado pela comunidade blogueira local.

Vamos pelo começo:

O que seria a "Web 1.0"? A implantação e popularização da rede em si. Hoje o que a massa de internautas brasileiros consegue é usufruir da web em ferramentas que não demandem consumo de banda larga. Ou seja, nada de YouTube, Google Video, eMule etc.

E o que seria a "Web 2.0"?
Facilitada pelo crescente acesso à banda larga, os usuários têm a possibilidade de usufruir de programas "armazenados" na web. Como é o Wikipedia, por exemplo. Se você quiser comprar a versão digital da Enciclopedia Larousse e instalar em seu PC, você pode.

Mas você também pode ter uma enciclopedia que se atualiza sempre, sem necessidade de downloads, e que você não precisa instalar em seu PC. Ela está armazenada no ambiente WEB.
E É ATUALIZADA POR USUÁRIOS.

O You Tube é uma ferramenta de áudio e vídeo que está em constante atualização. Podemos dizer que é uma TV ON DEMAND. Tudo está armazenado na WEB e por lá fica, sem que você precise destinar espaço em seu PC para isso.
O YOU TUBE É ATUALIZADO POR INTERNAUTAS.

E por aí vai. Em um futuro (que não sei mensurar), não será mais necessário que baixemos e armazenemos softwares em nossos PCs, eles ficarão armazenados na rede.


Ficou claro que o emprego do termo "Web 2.0" no país não corresponde à realidade devido à pequena penetração da banda larga por essas bandas. Nas bandas de lá, EUA, a broadband já chega a 75% dos internautas, ou 110 MM de usuários.

Agora, falar de "Web 3.0" é usar um termo "vendável" para uma nova onda de estudos que visam a "organizar" a rede.

Em tese, a "Web 3.0" seria "a organização e o uso de maneira mais inteligente de todo o conhecimento já disponível na Internet."
Para se aprofundar no assunto, clique aqui.

É lamentável ver a utilização da web de maneira tão fútil. A massa de internautas brasileiros utiliza a web para entretenimento. Quando muito, informação mastigada em grandes portais. Sempre vemos pessoas falar: "vá ler um bom livro". Mas nunca ouvi alguém falar "visite um bom site", com o objetivo de construção de conhecimento.

Temos de nos educar primeiro, criar disciplina e encarar a web como fonte de informação confiável para a construção de conhecimento. Desse modo, utilizar a "arcáica" Web 1.0, para depois pensar em 2.0, 3.0, x.0....

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Comprar, assistir e ficar informado. Agora, a partir do celular!

No final dessa semana, a inglesa Vodafone anunciou que fechou contrato com o You Tube para que seus clientes possam ver e enviar vídeos a partir do celular. Poucos dias antes, fechou contrato com o eBay. Atualmente, somente no Reino Unido já é possível acessar o eBay a partir do celular. A proposta da Vodafone é expandir o serviço por toda a Europa até o final desse ano.
Na mesma semana, a americana Internet Broadcasting, empresa desenvolvedora de websites e que também comercializa a publicidade nos mesmos, fechou acordo com a empresa provedora de conteúdo para dispositivos móveis, Crisp Wireless, para prover conteúdo e publicidade, como previsão do tempo, programação e resultados de campeonatos até as últimas notícias do American Idol para dispositivos móveis, como celulares e handhelds.
Com isso, o leque de PONTOS DE CONTATOS se abre ainda mais a agências e anunciantes. Agora, o segredo é trazer RESULTADOS EFETIVOS a partir das novas tecnologias. E antes de qualquer ação, tomar cuidado com as estatísticas: mais de 3/4 dos americanos tem repúdio só de pensar em públicidade em seus celulares.
Talvez a popularização do You Tube na "terceira tela" possa mudar a cultura acerca do celular e afins, alterando consumo e modo de encarar a publicidade móvel.


Sobre o tema:
http://adage.com/digital/article?article_id=114884

http://idgnow.uol.com.br/telecom/2007/02/09/idgnoticia.2007-02-09.7580488730/IDGNoticia_view