quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Uma nova possibilidade: Kindle

Kindle, o leitor de livros, revistas e jornais criado pela Amazon e lançado no mercado norte-americano em junho desse ano, abre novas portas, oportunidades de distribuição de conteúdo. E quando falo de "oportunidade", quero remeter ao sentido mercadológico mesmo, ao "O" da matriz SWOT.


Mas afinal, como funcionará o Kindle?

O leitor da Amazon chegará ao Brasil em 19 de outubro e utilizará a rede 3G (a mesma que utilizamos em celulares, portanto, não necessitando de um wi-fi hotspot) já disponível, a qual cobre as principais cidades do país. O ponto positivo é que, segundo a Amazon, não é necessário pagar às operadoras pelo uso da rede. Ou seja, a cadeia - que começa na conexão, passando pelo publisher e terminando no leitor - deverá ser movida pelo compartilhamento de receita adquirida na venda do próprio Kindle, conteúdo e/ou espaço publicitário.
O Kindle vem para abrir um novo mercado (muitos outros fabricantes, como a Sony, já se pronunciaram sobre a criação de concorrentes ao original da Amazon) e, como é comum em mercados emergentes, o volume vem a conta-gotas. E isso pode ser um problema, pois gera um desinteresse por parte dos detentores do conteúdo. Mas o Kindle deverá ser considerado como mais um mercado, mais uma possibilidade de comunicação entre publicadores e consumidores, assim como é a web, a mobile web, o impresso e o eletrônico. Um mix, que ganha mais um ponto de contato.
Além de ser um produto que desbanca de vez a obsolescência que um jornal impresso adquire durante o dia, gosto muito do lado ecológico e da potencial economia de papel que poderá gerar. Em tempos de "marketing verde", esse poderá ser um bom apelo de vendas.
O potencial do Kindle não está na venda desse ou daquele jornal, mas sim na famosa "cauda longa". Certamente - e a exemplo do que a Amazon faz com o produto no mercado norte-americano - as possibilidades de download de conteúdo serão vastas.
Mais no TechCrunch e no Mashable


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