segunda-feira, 22 de junho de 2009

"Tech has taken us for a ride"

Paródia da música "American Pie" em homenagem à mídia clássica, atropelada pela revolução digital.




Abaixo, o jornal O Estado de S. Paulo coloca a questão da qualidade da informação gratuita à prova. Sinal de uma indústria que agoniza e que está com data de validade marcada.

Lutar contra o digital é o mesmo que ir contra a Lei da Gravidade.



Sinal dos tempos.

domingo, 14 de junho de 2009

Microsoft e Google: a disputa pela liderança da Internet


Duas empresas que estão na vida de centenas de milhões de pessoas, brigando para ser a maior empresa de internet do mundo.

Ambas possuem passado riquíssimo e, atualmente, fazem fortes movimentos em busca da liderança na internet mundial. Microsoft lança o “Bing”, sua nova ferramenta de buscas em substituição ao “Live Search” e o gigante das buscas mostra ao mercado o Google Wave, uma ferramenta que integrará vários serviços em uma única interface.

A Microsoft, bem mais antiga que a empresa presidida por Eric Schmidt, foi fundada em 1975 por Bill Gates. O Google, empresa fundada por Larry Page e Sergey Brin em 1997, é concebida como uma empresa puramente de internet e em apenas um ano de existência já liderava seu mercado, o de buscas, pesquisas na internet.

A Microsoft é concebida, originalmente, como uma empresa de tecnologia, de desenvolvimento de softwares, e encontra na venda do sistema operacional Windows e pacotes corporativos a maior fonte de suas receitas. E essa é uma grande vantagem frente aos concorrentes da internet.

Ela possui ampla liderança no mercado de softwares, no qual o Google não tem pretensão de ingressar além de seu browser, o Chrome. Ser uma empresa que nasce como uma empresa de internet implica em dominar a tecnologia relativa ao seu mercado e o mais importante, romper barreiras burocráticas com o objetivo de tornar a companhia ágil e flexível. Esse talvez seja o um dos maiores trunfos do Google.

A gigante da internet possui uma trajetória riquíssima em expansão, diversificação dos serviços e aquisições: Blogger, Orkut, GMail, Picasa, Google Maps e Google Earth, YouTube, DoubleClick, seu próprio browser, o Google Chrome, entre outras importantes aquisições. Nenhuma outra empresa possui “tentáculos” tão fortes na internet. E o mais impressionante, esses domínios foram criados ou adquiridos no curto período de 12 anos.

A Microsoft também possui uma rica e diversificada gama de produtos de internet para o usuário final: Windows Live Messenger, líder no segmento de Instant Messaging, e o Windows Live HotMail entre os maiores provedores de e-mail do mundo, junto com Yahoo! Mail e GMail. Além de outros produtos como Windows Live Spaces e o portal MSN.com, presente nos principais mercados do mundo.

Com essa gama de produtos e serviços, Google e Microsoft figuram entre as maiores da internet mundial. E no último mês de maio fizeram fortes lançamentos:

A Microsoft lançou o “Bing” e promete incomodar Google e, mais ainda o Yahoo, na disputa pelo rentável mercado da busca. O Google domina esse mercado. No mundo, mais de 80% de share. Nos Estados Unidos, mais de 60%. Yahoo! Search fica em segundo lugar e o Live Search, em terceiro. Considerado obsoleto, o Live Search, da Microsoft, será substituído pelo Bing.

Com forte campanha publicitária de lançamento e agressiva distribuição em seus domínios na internet, Bing irá incomodar e muito o Google, mas dificultará, principalmente, a sobrevivência do Yahoo, que passa por crise financeira e, por isso, não encerra suas conversas sobre uma possível venda para a própria Microsoft. Porém, o lançamento do Bing e declarações de Carol Bartz, CEO do Yahoo, afastam cada vez mais essa negociação. Independente de possíveis aquisições, se a Microsoft quiser ter o devido sucesso nas buscas, terá de romper uma barreira que não é tecnológica, mas sim interna. Ela precisa ganhar a agilidade nas respostas aos movimentos do mercado, rompendo as barreiras burocráticas inerentes a empresas do porte da Microsoft e que foram sobrepostas, não à toa, pelo gigante das buscas, o Google.

Como resultado do diferencial do Google, ao mesmo tempo em que o mercado olhava para a Microsoft e sua “Decision Engine”, como a empresa denomina o Bing, o Google adiantava sua próxima grande aposta, o Wave, ofuscando, parcialmente, o lançamento da rival Microsoft.

A concorrência, independente de que tipo de mercado aconteça, é sempre positiva. Ela faz com que empresas não parem no tempo, continuando, assim a pesquisar e desenvolver produtos em prol de seus clientes. Quem ganha com todas essas movimentações do mercado de internet é o usuário. Quem perde? O competidor mais fraco, como já havia adiantado Charles Darwin em sua Teoria da Evolução das Espécies. O Yahoo que se cuide (ou se venda).

Textos relacionados

CNET: Does Microsoft's Bing have Google running scared?



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Entrevista #1: Alessandro Lima, Terra Latin America

A vinda do iPhone ao Brasil, a maior oferta de aparelhos “smartphones” por aqui e o desenvolvimento da rede 3G colaboram para um cenário de reflexões da mídia, de uma forte mudança no comportamento das pessoas.

Sem falar muito em números, conversei com Alessandro Lima, um dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento de Mobile Advertising e Digital Out of Home para o Terra Latin America.


Rodrigo Almeida: Como é fomentar a plataforma mobile para o mercado latino e, especificamente, ao brasileiro? Quais as principais barreiras que vocês encontram?

Alessandro Lima: Nosso continente não figura entre os mais desenvolvidos, que tem redes de comunicação mais desenvolvidas. O que apresenta uma grande oportunidade de crescimento. O mobile como um todo ainda é muito novo, mesmo nas ações mais conhecidas do mercado (como Bluetooth, SMS Marketing, entre outras). A plataforma móvel já tem consistência na Região: o Brasil puxa o mercado, o Chile tem a maior penetração de conexão 3G e o México e o Peru também já tem volumes de acesso interessantes. Como estamos num mercado bastante novo, esse primeiro momento é o que eu chamo de “consultoria”, estamos contando sempre pra muita gente como é essa nova mídia, suas propriedades e potenciais. Como explorar. Respondendo das perguntas mais simples às mais complexas. Acho que o principal desafio é esse: convidar os clientes para a inovação. Esclarecer os benefícios da mídia móvel e como ela pode ser um ponto de contato diferenciado entre marcas e consumidores. Mostrar toda a potencialidade e diferenças das próprias ferramentas de marketing móvel disponíveis hoje para que as marcas ampliem seus elos de comunicação.


Rodrigo Almeida: Recentemente, a Predicta, empresa de tecnologia e gerenciamento de campanhas on-line, ganhou o prêmio de 1º lugar no WAA com o case que motivou o Terra a criar o m.Terra, sua versão para a plataforma mobile. Conte-nos mais sobre isso.

Alessandro Lima: Realmente, a Predicta ganhou esse prêmio, o WAALTER, pela inovação em questão de inteligência online. Foi todo um processo que ocorreu desde percebermos os acessos ao Terra Mobile vindos de dispositivos moveis, principalmente iPhone, até o planejamento e a estratégia dos portais moveis para toda a região e ai, contando mais uma vez com a Predicta na construção de um adserver para suportar essa plataforma. Nosso portal atual foi parte de toda a transformação que o Terra passou e foi lançado também em 7 de Janeiro desse ano. Essa inteligência foi utilizada na estratégia e hoje o adserver está ai servindo campanhas na região toda. No site da Predicta há toda a historia detalhada do case mostrando cada parte do processo. O adserver é, sem dúvidas, uma parte importantíssima, porque torna a oferta auditável. Não adiantaria nada termos um ótimo conteúdo, notícias atualizadas, fotos, vídeos no TerraTV sem que tudo isso fosse palpável para o mercado. E nesse caso ter uma ferramenta já conhecida e de referencia foi muito importante. Quase um ano depois e hoje já temos mais de 10 campanhas diferentes rolando nos principais mercados LATAM.


Rodrigo Almeida: E qual é o perfil dessa pessoa que navega pelo celular?

Alessandro Lima: Uma pesquisa recente da Accenture, que inclusive foi apresentada no congresso Mobile 2.0 em São Paulo, mostra que a busca por conteúdo em dispositivos digitais tem crescido, principalmente entre os mais jovens. A TV não desaparece, mas hoje todo mundo busca conteúdo em outros lugares, e aí se destacam o Computador e o Celular. Ou seja, tem mercado pra todo mundo, considerando o Offdeck, estamos ainda muito numa classe AB. Com celulares mais high-end, com pacote de dados que permitem a navegacão. Ao mesmo tempo, os portais on-deck (principalmente das operadoras) continuam com seus parceiros de conteúdo, oferecendo principalmente downloads aos usuários. Hoje, estima-se que 80% da base de celulares utiliza pré-pago. Pode parecer pouco, mas no todo de 150 milhões de celulares estamos falando de 3 milhões de pessoas trocando informação por seus dispositivos. Uma outra pesquisa, apresentada no Tela Viva Móvel desse ano pela Nielsen mostrou que os usuários dos chamados VAS (Serviços de Valor Agregado) têm um perfil early adopter e utilizam muitas funções diferentes nos seus celulares. Tiram fotos, navegam, conversam por serviços de mensagem instantânea, e fazem e recebem ligações de voz. Além disso, são os mais exigentes no atendimento que as operadoras oferecem. Cada vez mais o celular torna-se um Content Managing Device, um dispositivo de captura, armazenamento e organizacão de dados.


Rodrigo Almeida: Quais as semelhanças e diferenças entre as plataformas web e mobile web?

Alessandro Lima: Uma das coisas mais interessantes que tenho aprendido nesse “Mobile World” é que obviedade é subjetiva. Nem tudo que é óbvio é óbvio para todo mundo, e aqui cabe relembrar a diferença conceitual entre internet e web. A internet é a rede toda enquanto a Web é apenas a interface. A web móvel é mais uma interface: dos novos pontos (de pessoas) acessando a mesmíssima rede, de outros lugares, pessoas não necessariamente paradas. Para se acessar essa rede, é preciso uma maquina, e dessa vez não é o computador. A web esta ai, incontestável, já conquistou um espaço relevante no mercado de publicidade e na vida das pessoas, porque não é nada mais que isso, uma rede de pessoas. Passamos os 60 milhões de internautas no Brasil. O Mobile ainda esta chegando. Levando essa mesma interlocução entre as pessoas através de sistemas informáticos. Antes só na sala de casa, da mesa de trabalho, da cadeira da lan house. Agora, literalmente falando de qualquer lugar, inclusive esses mesmos. Pode parecer futurista, mas poder acessar a internet no caminho entre o seu trabalho e a sua casa, ler conteúdos relevantes e bem dispostos faz toda a diferença. E já que estamos em um blog de mídia, fico pensando em algo que talvez mereça uma pesquisa: Como foi o lançamento do Walk Man? A diferença entre consumir rádio em casa, sentado na poltrona, e ouvir no carro em movimento, na rua. Em qualquer lugar. Hoje é inegável para a audiência do rádio como um todo, o que as pessoas escutam no carro, no iPod já que Walkman é coisa do século passado. Ou seja, por mais que o rádio tenha nascido parado, ele se tornou móvel. Da TV podemos dizer o mesmo ? Se considerarmos o Digital Out of Home , as redes de informação digital ‘fora-de-casa’, a TV também se moveu. Chegou a vez da internet, e dessa vez foi bem mais rápido.


Rodrigo Almeida: Como você vê essa plataforma em 5 anos?

Alessandro Lima: Essa pergunta é ótima, é quase uma entrevista de emprego em uma multinacional (Risos). Olha, eu ouvi algo esses dias que achei genial. Talvez responda. A plataforma móvel é a mais nova junção entre dois mercados altamente turbulentos: Mídia + Telecom. São dois mercados com faturamento altíssimo, sendo o de Telecom maior que o de mídia, e assim como a própria plataforma, eu diria que não vai ser nada fixo. Imagino um cenário altamente ativo e competitivo, com parcerias entre fabricantes, operadoras , e por que não, publishers. Muito conteúdo de informação e de compartilhamento entre as pessoas rolando por aí. As redes 4G certamente já estarão instaladas, e toda essa introdução que o 3G faz hoje vai ser realidade. Ouve-se, hoje, grandes redes preparando telejornal para celular, tardará a "celunovela"?


Links relacionados:

Mobile Advertising Brasil: http://www.mobileadvertisingbrasil.com.br

Mobile Youth: http://www.mobileyouth.org

MobilePedia: http://www.mobilepedia.com.br

Predicta - Case Terra Mobile: http://www.predicta.net/case-terra_mobile/


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tecnisa e a Catraca do Metrô

Recentemente, escutei de um grande anunciante:
"A gente vai cortando o plano de mídia, priorizando alguns meios. E quando a gente vê, só estamos com TV aberta, Cabo e Revista. A gente corta Internet com a mesma facilidade que cortamos investimentos na catraca do metrô".



Tecnisa vende apartamento de R$ 500 mil através de promoção via Twitter


A publicitária Christiane Gallo contribuiu para a elaboração desse post. Saiba mais sobre ela, seguindo-a no Twitter: @chrisgallo1903